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Meu primo Horst, o 'tio Oca'

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Saudade do meu primo! Eu isolado em Tiradentes, ele escondido em seu sítio aí, no caminho para Rosário do Sul. Seu nome era sempre pronunciado com dificuldade por suas sobrinhas quando eram crianças. Uma delas passou a chamá-lo de "tio Oca" e todos a seguiram! Horst Lippold é o tio Oca, mais amigo do que primo!

Tenho inúmeras histórias, estórias e mais histórias a contar do Oca. Tudo maravilhoso, expressão de sentimentos germanicamente incisivos. Uma bela voz participando de grupos musicais.

E mais, em todos os almoços e jantares nos quais estiver brindando a todos como se estivesse "no Alemanha": Ein Prosit! Ein Prosit! Der Gemütlichkeit! Maravilhoso mesmo, wunderbar, de verdade.

Inúmeras histórias, mas como cada texto aqui tem tamanho imposto pela redação, mencionarei duas.

O Deutscher Hilfsverein - masculino em alemão! - sociedade de amparo aos imigrantes alemães, fundada em 1866, na metade dos anos 1940, passou a ser chamada de Sociedade Concórdia. Tu que me lês hás de saber por que...

Em 1966, o Horst a presidia, bem assim o Clube de Caça e Pesca de Santa Maria. Aconteceu então, no dia 7 de julho, a fusão das duas, do que resultou a Socepe - Sociedade Concórdia Caça e Pesca, que aí está.

Aí está, obra do Horst, e me recebe afetuosamente em seu maravilhoso espaço na Venâncio Aires sempre que retorno ao chão da minha terra!

A segunda história que me encanta nasce quando lembro que ele foi uma figura especial na Universidade Federal de Santa Maria. Desde jovem praticava pesquisas de piscicultura e fauna, em razão do que o professor José Mariano da Rocha Filho, reitor da UFSM, o convidou para dar aulas para alunos do curso de Engenharia Florestal. Por conta disso, logo em seguida ele foi agregado, como técnico, ao Departamento de Zootecnia da UFSM.

Inúmeros momentos de nossa vida me emocionam. Em especial quando ele, o Ronaldo, o Walter e a Ruth retornaram da Alemanha, após o final da Segunda Guerra. No final dos anos 1930, os quatro para lá tinham seguido com seus pais Fritz e Elza, meus tios. Mas logo em seguida teve início a guerra e a viagem de passeio durou 10 anos.

O que vem à minha memória é rememorado pelo Horst em uma matéria publicada pela edição do dia 17 de maio de 2016 de A Razão. Rememoração que me emociona, de verdade.

Vieram os quatro pelo navio Santarém, de Hamburgo ao Recife, onde fomos recebê-los, meu pai, minha mãe e eu. Morávamos então em Natal e para lá os levamos.

Momentos inesquecíveis de amizade lá e após o retorno dos quatro - e, anos depois, da tia Elza e do Tio Fritz - a Santa Maria. Lá onde tudo que se planta cresce e o que mais floresce é o amor!

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