Depois de muitas críticas de adversários ao Piratini, especialmente, e do desgaste causado, o pré-candidato do PSDB ao governo do Estado, o ex-governador Eduardo Leite abriu mão da pensão por ter exercido o cargo máximo do Estado. O anúncio foi feito nas nas redes sociais (veja abaixo vídeo), na tarde desta segunda-feira. “Estou abrindo mão desse subsídio para não abrir espaço a narrativas mal-intencionadas. Abro mão para que todo o foco do debate, do nosso lado, esteja no que já fizemos e no que queremos fazer para o Rio Grande e para os gaúchos”, justificou ele.
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Ao se tornar público o pagamento da pensão de R$ 39 mil brutos, referentes ao valor correspondente a 65% do salário de governador e mais uma parcela retroativa, o partido Novo, por meio dos deputados estaduais Giuseppe Riesgo e Fábio Ostermann, ingressou na Justiça, contestando o pagamento, que seria ilegal. Entretanto, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) sustentou que Leite teria direito à pensão, já que, quando a lei prevendo a extinção do benefício entrou em vigor, o ex-governador tinha cumprido 65% do mandato. A pensão seria recebida só por quatro anos. Os demais ex-governadores têm o benefício vitalício.
“Não é verdade que eu tenha pedido uma pensão vitalícia de R$ 40 mil. O que recebi não é ilegal, antiético nem imoral”, afirmou Leite, criticando os adversários pelos “ataques e inverdades.”
Posição do Novo
Depois da decisão do ex-governador Eduardo Leite, os deputados do Novo divulgaram uma nota. Para o santa-mariense Giuseppe Riesgo, “a desistência somente reforça os argumentos do Novo, que não são uma mera ‘fake news’, como afirmou o ex-governador tucano”.
“Eduardo Leite desistiu de receber porque sabe que a pensão, além de imoral, é claramente ilegal e que perderia na Justiça”, completou Fábio Ostermann.