
Desde a última convocação, 73,3% dos professores demonstraram interesse em assumir os cargos da rede municipal de educação de Santa Maria. No último edital, publicado no início do mês de maio, foram convocados 45 profissionais para atuar no município. Dos 33 que já se apresentaram à Secretaria Municipal de Educação (Smed), 16 foram efetivados e alocados conforme demanda emergencial das escolas.
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Segundo a secretaria, os nomeados são profissionais de todas as áreas e disciplinas requisitadas conforme a demanda, que supre inclusive profissionais em licença, número este que “oscila o tempo todo”. O prazo para que os profissionais iniciem o regime de trabalho depende de trâmites legais, que podem levar até 45 dias, desde a nomeação até compor o quadro de professores.
– Já estamos com a situação normalizada. Agora, são os casos pontuais, relativos aos afastamentos por motivos de saúde, aposentadorias ou outros motivos que resultem em licenças – explica a secretária Lúcia Madruga.
A expectativa da prefeitura é que um novo edital de contratação seja aberto ainda neste ano para suprir a demanda e não gerar uma “descontinuidade de suprimento” de professores. A ideia é que as vagas englobem também outras profissões além dos professores.
O QUE DIZ O SINPROSM
Quanto à demanda de professores, o coordenador de comunicação do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), Rafael Torres, afirma que ainda existe uma lacuna pontual de professores nas escolas municipais, não tão crítica como no início do ano, que chegou ao número de 128 professores faltando. Porém, não foi informado qual seria a defasagem atual do quadro de docentes na rede municipal.
Como exemplo, está a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Hylda Vasconcellos, que aguarda um professor de geografia. Para o coordenador, um dos motivos da demora para contratação e realocação dos profissionais é a defasagem no sistema de acompanhamento da secretaria de educação:
— A gente consegue fazer esse acompanhamento porque temos o contato direto com os professores. E lá na Smed, a forma de controle é ultrapassada, feita com papéis, nada informatizado. Um processo todo lento e totalmente manual. Essa demora em colocar professores em sala de aula também acarretou numa demora em gerar folha de pagamento em colegas que já estão em sala de aula.
O problema salarial em questão diz respeito ao regime de suplementação das horas de trabalho dos professores, referentes ao mês de fevereiro, o primeiro mês letivo de 2022. O valor das horas trabalhadas deve ser repassado ainda neste mês.
Eduarda Costa, [email protected]