Alexandre Reis: marte, aqui vamos nós

Confira o texto da coluna Opinião da edição impressa do Diário de Santa Maria desta segunda-feira:

Alexandre Reis
Consultor econômico e professor universitário

Ora, é possível os humanos chegarem a Marte? Segundo o SpaceX empresa do bilionário americano Musk, sim em 10 anos estaremos lá. Mas porque fazer essa analogia com o atual momento empresarial e a busca pela “terra” dos marcianos? Na semana passada, foi South Summit em nossa capital, aonde vários futuros empresários se reuniram para buscar prospectar novos negócios. Grandes ideias circularam lá! Pois então, quais os fatos necessários para se “ter” um bom negócio, e não viajar no espaço sem fundamento algum?

De fato, o que precisamos são: capital, produtividade e relacionamento. O resto é o resto. Compreenderam? O que quero afirmar que bons negócios só se sustentam com os três elementos citados acima. E claro que, às vezes, ou quase sempre, a sorte e outros motivos sustentam o negócio, no entanto o que solidifica, consolida, racionaliza os grandes negócios são os fatos elitizados. Portanto, querer ir a Marte é possível, contudo, tem que ter muito dinheiro, eficiência e porque não relacionamento para buscar não só vender essa prática, bem como buscar tecnologias e refinamento do propósito.No evento ouvi, e presenciei várias ótimas ideias. E também falas interessantes acerca da situação de maturação e da continuidade dos negócios. Segundo, os analistas do Banco Interamericano (Bird) – os principais negócios que se sustentam e perpetuam no longo prazo são no total de quatro contra 10 tentativas. Portanto, seis caem fora ao longo do processo. Esse dado revela muito para nós, e que muita coisa deve ser feita de forma eficiente e racional para termos uma sociedade mais produtiva e empreendedora. É um aviso!

Chegar a Marte não é fácil. Precisa de muitas coisas no mundo da terra. E ao visualizar, perceber, o que estamos fazendo em nossa terrinha aqui, chega-se a conclusão que temos um longo caminho a ser percorrido e incentivado. As práticas e a teoria devem ser mudadas. Uma sociedade empreendedora precisa fundamentalmente de “dinheiros, eficiência e relacionamento de capital”. E não ideias vazias e sem propósito, digo de forma pitoresca: “ um faz de conta…” Empreender é coisa seria e fundamental para o desenvolvimento local. A raiz de um sistema capitalista de produção é a iniciativa de novos capitais. Isso ocorre no lado privado da economia. Portanto, as assimetrias devem ser corrigidas o mais rápido senão não vamos conhecer Marte.

O evento da capital foi sensacional, contudo, foi um sinal amarelo para nós. Precisamos, de fato, pensar em novas atitudes de empreender. Nem que devemos mudar tudo. Exagero é claro! Mas, sim devemos fazer mais. Um olhar em soluções mais “terráqueas” seria de fundamental sucesso para o futuro de nossos negócios! É mais do que evidente que com mais capital circulando, teremos um país mais equitativo e equilibrado. E assim, quem sabe podemos invadir outros planetas como os americanos do norte… Por fim, parabéns a nossa Santa Maria pelo seu aniversário em 17 maio!

Leia o texto de Alfeu Bisaque Pereira